Páginas

quarta-feira, 25 de março de 2015

Aprendendo a ser mãe II



Hoje de manhã me vi diante de mais um dilema materno. O relato será extenso, mas serve para reflexão:

Ontem, ao sair da casa da tia que cuida dos meus filhos fui informada que eles brigaram na escola.
Eu: Brigaram um com o outro?
O tio que cuida deles, com sobrancelhas cerradas: Não, Brigaram os dois com um outro guri. Mas eles vão te contar direitinho.

E sairam na rua me contando os dois ao mesmo tempo que a Jaliska tinha saído em defesa do Lugh. Bom, acabei o assunto orientando que com violência não se resolve nada.

Hoje pela manhã, minha filha reclamou que tem sido "separada" de uma colega com quem não para de brigar (Confesso que a menina é uma miniatura de sem noção, mas juro que oriento minha filha a viver pacificamente com ela, juro! – Se fosse comigo o cabelo dela já estaria cheio de cola.).

Eu: Mas claro, né? Tu até bate de soco em menino lá na escola, o que mais tu queria?
Ela cabisbaixa: Mas eu não bato de soco!
E eu, num momento de insanidade: Se tu vai bater, tem que bater direito que é pra não apanhar (eu nunca puxei cabelo de ninguém, mas soco muito certeiramente, desde tenra idade).
Meu filho entrando na conversa: Ela bateu de garrafa.
Eu: Hein?
Meu filho: Isto mesmo, mãe! Ela bateu com a garrafa de água que ela leva, e ainda estava congelada.
Ela, ficando nervosa: mas mãe, ele puxou o tênis do meu irmão e saiu correndo. Daí eu fui atrás dele e peguei o tênis. Ele não queria me entregar, ele vive incomodando na escola, bate até em professor. Dei de garrafa nele.
Eu, boquiaberta: E o que ele fez?
Ela: Ele foi pro lado de uma colega que tinha quebrado o pé e está usando muleta. Pegou uma muleta dela e veio para cima de mim.
Eu, cada vez mais apreensiva (ainda mais por saber que ninguém tinha me ligado da escola, nem a minha filha tinha marcas de espancamento por muleta): E...
Ela: E eu arranquei a muleta da mão dele e enchi ele de muletadas! Depois devolvi a muleta pra guria dona da muleta.
E o meu filho, interrompendo: Mas nesta hora eu já estava tentando segurar ela, porque né... coitado do guri.

(Muito bem, de ladrão de tênis o guri virou coitado...)

E eu, me virando pro meu filho: E tu conseguiu separar?
E ele: Não. Mas daí a diretora veio e levou nós três para a sala dela.

E lá fui eu de novo dar discurso sobre evitar resolver problemas na base da violência.

Mas o que eu digo se esta menina é meu update, minha miniatura, minha repetição exata no mundo, meus deuses?

Observação: Minha filha tem 1,26m e 25kg. O menino em questão é do tamanho do irmão dela: em torno de 1,45m e 44kg.
Observação 2: O que dizer desta pessoa que só conheço a 9 anos e já considero tanto? *o*
Observação 3: No Natal de 2013, entre outras lembrancinhas dei uma luva de boxe para cada um dos meus filhos. Será que a culpa é minha?
Observação 4: Eu ia escrever isto no Facebook, mas era muito extenso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário