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domingo, 27 de setembro de 2015

Lembranças Setembrinas






Enquanto escrevo sorvo do doce-amargo chimarrão
E lembro dos meus tempos de chinoca
Na Setembrina dos Farrapos
Minha querida Viamão.

Meus bordados e crochês de pequena
O cheiro da chimia de chuchu colhido na cerca
As benzeduras da minha bizavó.

Das vezes em que declamei
Cantei
Pintei
Interpretei
Em festivais.

Das histórias que aprendi
Da cultura que defendi
Da pilcha que vesti
Das prendas que entendi.

Lembro das teias da vida
Que me levaram p’routros pagos
E enquanto bebo desta seiva
Não é um chasque que escuto
Nem chamamé nem milonga
É do rock todo inglesado
Que vem a trilha sonora
P´ra minha reflexão.

Fico aqui pensando
Que ainda sou aquela guria cheia de saias
Mas hoje vestindo calças
Enfrentando muito macho
Na peleia do tal de mercado.
Não preciso de uma faca na guaiaca
Nem de rebenque ou açoite
Preciso mesmo do que o vento frio do pago onde cresci me ensinou
Paciência, doçura e altivez
Uma dose de força e coragem
Pois da prenda que sou
Disto não posso me separar.

Mas penso que mesmo agindo de maneira diferente
Do que me ensinaram
Minha essência não vai embora
E não sou menos prenda, menos gaúcha, menos guapa
Do que as meninas que andam pilchadas
Como há muito deixei de andar.

E lembro então de pagos ainda mais distantes
Que não conheci
Mas que foram origem de tudo
Que hoje conhecemos aqui.

Sem as alemoas não teria chimia
Sem as polacas não teria festa com polonese
Sem as portuguesas não teria xale
Sem as açorianas não teria bordado e renda
Sem as espanholas não teria abanico e saia rodada.

E em uma cultura parida de tantas outras
Não posso esquecer que estas pessoas são tão gaúchas quanto eu
Órfãs de pago
Aquerenciadas em nossas coxilhas.

E sendo assim, quem sou eu p’ra dizer que é ruim
Gostar de baião e repente
Comer tapioca e acarajé
Contar causos de entradas e bandeiras
Sambar no carnaval
Vaquear em pantanal
E garantir os caprichos dos bois?

Ainda mais sabendo que mesmo em outros pagos
Quando deitarem em seus catres
As estrelas que os olhos deles vão enxergar
São as mesmas que os meus.

Caroline Garcia

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Infância sabor beterraba




Hoje, durante o almoço, percebi que minha infância teve um sabor diferente do que muitas pessoas descrevem.

Minha primeira infância teve sabor de chocolate, de biscoitos que eu comia em excesso, de balas e outros açúcares que me foram oferecidos talvez na tentativa de suprir minha ansiedade, que eu apresentava já em tenra idade.

Mas minha segunda infância, na verdade início de adolescência é lembrado por um sabor bem mais peculiar: sabor de beterraba cozida. Quanto mais grossa e tomar conta de toda a circunferência de uma beterraba inteira, mais ela me lembra de minha vida dos 13 aos 18 anos de idade (tempo em que me alimentei diariamente à mesa de minha mãe).

Aliás, beterrabas, tomates, folhas, cenouras. Todas elas lembram muito o sabor das refeições preparadas com muito carinho pela minha mãe. Meu irmão, sete anos mais novo que eu, quando ia às compras comigo, saia correndo com um tomate na mão, comendo como se fosse uma maçã (que ele gostava também). E fazia um escândalo quando eu pedia para pesar. Só parava de reclamar quando eu tirava da balança e devolvia a ele que “atacava” vorazmente a fruta (afinal, eu precisava pagar o tomate, né?).

A questão aqui é a beterraba. Meus outros dois irmãos, mais novos, comem beterrabas cozidas inteiras, abocanhando pedações que enchem as duas bochechas. É uma cena bonita de ver, sabe?
E meus filhos também. Aliás, meus filhos gostam de comer as folhas da beterraba, cortadas bem fininhas e cruas mesmo. Misturam no feijão e limpam os pratos. Ou cozidas em bolinhos também. Às vezes dão certa resistida, e eu, fazendo papel de investigadora alimentar descubro que é um espelhamento das manhas que presenciam na escola. Então rapidamente lembro a eles a importância de cada alimento e resolvo o problema.

Hoje, ao comer quase meio prato de beterraba (eu como crua, cozida, as folhas), junto a uma boa variedade de hortaliças, lembro-me de meu último check-up: todos os níveis de açúcares, colesterol, ferro e outras substâncias sempre estão sob controle. Mesmo com o sobrepeso que quem me conhece pessoalmente sabe que carrego (sobrepeso, aliás, que não me tornou sedentária, mas esta é outra história).

Senti então a necessidade de agradecer publicamente à minha mãe. Agradecer por ela ter me dito não várias vezes, me impor limites, me reeducar (e não é qualquer um que consegue reeducar alguém, mesmo sendo filho). E me alimentar. De corpo e de alma. Espero que ela leia este texto um dia e entenda a importância que tiveram os pães com margarina e doce de leite que nós comíamos nos finais de tarde quando eu voltava de meus estágios do Ensino Médio; alternados com as “viandinhas” de legumes cozidos que ela me fazia para o almoço. A missão dela foi cumprida: sou uma pessoa saudável.

Pena que ao lembrar-me de tudo isto, me bateu uma tristeza muito grande, pois lembrei também de uma cena que presenciei em um restaurante: a mãe, com um casal de filhos, serviu o menino (mais novo) com um prato de batatas fritas, arroz e bife empanado. A filha serviu-se sozinha com vários alimentos, entre eles, minha querida beterraba. O menino chorou e esperneou, querendo provar a iguaria.

- Cala a boca! Tu não come isto. – Respondeu a mãe, enquanto tentava “socar” goela abaixo da criança porções de batata e arroz; ao contrário de entregar um pedaço de beterraba para que ele provasse.


Lamentavelmente, no dia fiquei sem ação. Mas juro que se eu presenciar novamente um caso destes, não vou recomendar nenhum nutricionista. Vou passar o telefone da minha mãe, isto sim.





quarta-feira, 25 de março de 2015

Aprendendo a ser mãe II



Hoje de manhã me vi diante de mais um dilema materno. O relato será extenso, mas serve para reflexão:

Ontem, ao sair da casa da tia que cuida dos meus filhos fui informada que eles brigaram na escola.
Eu: Brigaram um com o outro?
O tio que cuida deles, com sobrancelhas cerradas: Não, Brigaram os dois com um outro guri. Mas eles vão te contar direitinho.

E sairam na rua me contando os dois ao mesmo tempo que a Jaliska tinha saído em defesa do Lugh. Bom, acabei o assunto orientando que com violência não se resolve nada.

Hoje pela manhã, minha filha reclamou que tem sido "separada" de uma colega com quem não para de brigar (Confesso que a menina é uma miniatura de sem noção, mas juro que oriento minha filha a viver pacificamente com ela, juro! – Se fosse comigo o cabelo dela já estaria cheio de cola.).

Eu: Mas claro, né? Tu até bate de soco em menino lá na escola, o que mais tu queria?
Ela cabisbaixa: Mas eu não bato de soco!
E eu, num momento de insanidade: Se tu vai bater, tem que bater direito que é pra não apanhar (eu nunca puxei cabelo de ninguém, mas soco muito certeiramente, desde tenra idade).
Meu filho entrando na conversa: Ela bateu de garrafa.
Eu: Hein?
Meu filho: Isto mesmo, mãe! Ela bateu com a garrafa de água que ela leva, e ainda estava congelada.
Ela, ficando nervosa: mas mãe, ele puxou o tênis do meu irmão e saiu correndo. Daí eu fui atrás dele e peguei o tênis. Ele não queria me entregar, ele vive incomodando na escola, bate até em professor. Dei de garrafa nele.
Eu, boquiaberta: E o que ele fez?
Ela: Ele foi pro lado de uma colega que tinha quebrado o pé e está usando muleta. Pegou uma muleta dela e veio para cima de mim.
Eu, cada vez mais apreensiva (ainda mais por saber que ninguém tinha me ligado da escola, nem a minha filha tinha marcas de espancamento por muleta): E...
Ela: E eu arranquei a muleta da mão dele e enchi ele de muletadas! Depois devolvi a muleta pra guria dona da muleta.
E o meu filho, interrompendo: Mas nesta hora eu já estava tentando segurar ela, porque né... coitado do guri.

(Muito bem, de ladrão de tênis o guri virou coitado...)

E eu, me virando pro meu filho: E tu conseguiu separar?
E ele: Não. Mas daí a diretora veio e levou nós três para a sala dela.

E lá fui eu de novo dar discurso sobre evitar resolver problemas na base da violência.

Mas o que eu digo se esta menina é meu update, minha miniatura, minha repetição exata no mundo, meus deuses?

Observação: Minha filha tem 1,26m e 25kg. O menino em questão é do tamanho do irmão dela: em torno de 1,45m e 44kg.
Observação 2: O que dizer desta pessoa que só conheço a 9 anos e já considero tanto? *o*
Observação 3: No Natal de 2013, entre outras lembrancinhas dei uma luva de boxe para cada um dos meus filhos. Será que a culpa é minha?
Observação 4: Eu ia escrever isto no Facebook, mas era muito extenso...

sábado, 18 de janeiro de 2014

Mais de um, menos de dois...

Ser o que se é preciso 
Ser a metade, ou ser o inteiro, não se sabe.
Tenho uma menina dentro de mim que não resiste a sacudir as folhas de uma árvore que pegou chuva para molhar quem anda ao meu lado.
Tenho a mulher que repreende os filhos.
Tenho a menina que chora de tristeza quando sente-se injustiçada.
Tenho a mulher que habita o imaginário masculino.
Gosto de batom vermelho por que lembra a cor do sangue que corre quente em minhas veias.
Gosto de andar descalça na grama, para sentir o arrepio da cócega nos pés.
Gosto das minhas mãos, pois é com elas que posso acariciar o rosto de quem amo.
Gosto de política, pois sei que ela é construtiva se praticada em sua essência.
Gosto de interpretrar personagens que sejam mais terríveis que eu própria.
Gosto de minhas unhas escuras porque contrastam com a brancura das minhas mãos... assim como as pessoas têm contrastes entre uma e outra.
Gosto de admirar e aprender com as crianças: elas são um universo a parte.
Gosto de ser espontânea a cada dia que passa.
Gosto de estar cada vez mais próxima dos trinta (não leve a mal, seis anos passam voando!).
Gosto de Saramago, e seu evangelho com sotaque lusitano.
Gosto de ser pagã, pois temos uma consciência maior sobre nós mesmos.
Gosto de tentar me sentir inteira, embora sempre pela metade.
Gosto do fato de não me importar com a distância de oceanos (posso aprender a nadar tão rápido quanto aprendi a ler...).
Gosto das "dores de cotovelo"... elas me avisam que estou viva.
Gosto quando alguém percebe que estou enamorada, mesmo que ainda não seja por ele (e os amores vão e vem...coitado daquele que deixou a oportunidade passar...perdeu a "orkidea" que não quis plantar...).
Gosto de pessoas teimosas.

Originalmente publicado no site Recanto das Letras , em 25/08/2008. E os seis anos já se passaram... gosto dos meus trinta.



Aprendendo a ser mãe I

Eu já fui mãe de muita gente.

Já interpretei uma mãe que de tão ruim, mandou chamar o veterinário quando seu filho adotivo adoecera num espetáculo chamado “O Menino Diferente” (Fontes Produções, 2003). Já interpretei uma mãe excessivamente preocupada, em “O Menino do Dedo Verde” (Fontes Produções, 2009). Já interpretei até uma mãe de 105 anos, que era os olhos que tudo viam em uma fazenda nos tempos de escravidão em “Allahu-Akbar” (Fontes Produções, 2002). Já interpretei uma matrona açoriana, chegando em Itapuã no século XVIII com filhos e netos (Fontes Produções, 2003). Já interpretei a mãe de um padre que foi possuída por demônios em “A Casa das Sombras” (Fontes Produções, 2005/6). Já interpretei uma mãe caipira, bonachona e histérica em “O Casamento na Roça” (Cia. do Riso, 2004). Sabem que eu já interpretei até a mais famosa das mães? Em uma fase mais despreocupada, Maria paria o menino Jesus em um Auto de Natal (Fontes Produções, 2004). Em uma fase muito mais pesada e dolorida, Maria assistia à crucificação do mesmo menino Jesus já crescido em uma Paixão de Cristo (Fontes Produções, 2006).

De todas estas mães, poderia retirar duas conclusões: a primeira é “Nossa! Trabalhei um bom tempo com esta tal Fontes Produções!”. A segunda é a de que poderia ter aprendido a ser mãe antes mesmo de ter meus filhos de verdade, já que um nasceu em 2004 e o outro em 2005.

É muito engraçada esta relação que tenho com meus ex-colegas de teatro (pois faz mais de 6 anos que não coloco os pés em um palco): lembro do rosto de cada um deles e de como me olhavam nestes períodos. Embora fossem todos “marmanjos” e “marmanjas” (Uma das atrizes que trabalhou comigo “conseguiu” ser minha filha em três espetáculos diferentes! E dois outros atores eram homens com mais de 1,90m e voz bem grave, imaginem...), lembro exatamente de como cada um deles me chamou de mãe.

Lembro também do que mais me marcou. Quando interpretei Maria na Paixão, Mel Gibson havia lançado há um ano a sua versão da história. E foi na Maria criada e dirigida por ele que me apoiei. E como foi difícil! Assisti ao filme com meu filho mais velho em meu colo, pois ele havia acordado no meio da noite em que eu estava fazendo um laboratório, e eu havia o feito dormir novamente. Quando vi Maria enxergando no homem que carregava a cruz o mesmo menino que caía e “ralava” o joelho, e se dando conta de que agora não poderia ajudá-lo a levantar do chão, chorei por um bom tempo olhando para meu filho. Entendi que por mais que cresçam, os filhos continuam sendo os mesmos meninos e meninas para nós, mães. Já havia ouvido muitas mães falarem isto, mas até ali, não havia vivenciado. E não adianta: há coisas que só entendemos vivenciando. Quando o espetáculo acabava, não íamos até a ressurreição. A última cena era a retirada do corpo da cruz e a entrega dele em meu colo. Estava sentada no chão, amparada por outros personagens. Deitavam meu colega em meu colo e eu enchia seu rosto de beijos. Beijos desesperados de uma mãe que não conseguiu “juntar” seu filho quando ele caiu. A cortina fechava e ficávamos ainda um bom tempo abraçados chorando. Foi uma experiência muito forte.

Não sei exatamente o que dela ficou em mim. Às vezes acredito que tenha sido uma boa dose de desespero. Talvez uma ansiedade muito grande. A ânsia de impedir que um filho venha a cair, para que eu não precise passar pela experiência de não poder juntá-lo.

Talvez minha preocupação seja justamente por saber que todas as mães, e provavelmente eu também, em algum momento não conseguem juntar seus filhos, e as caídas são inevitáveis. Nem minha própria mãe conseguiu: quando tive que levantar de meu maior tombo, o fiz sozinha. De certa forma, penso que um dia terei que me conformar com isso.


Mas isto dói. E como.


As duas fotos da Pietá de Michelângelo que coloquei na postagem extraí do Google. Não sei quem são os autores. Se alguém souber, peço que por gentileza me informe nos comentários, para que eu possa editar a postagem com as informações de autoria.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Prevenção (Innocence of Muslims)

Proibiram a exibição do trailler de Innocence of Muslims...

Frame retirado do YouTube exibe imagem do filme que satiriza o Islã. Foto: Reprodução

Vou correndo comprar meu chador, ou hijab, dependendo do que decidirem... afinal, daqui há pouco vamos ser obrigadas a usar para evitar transtornos, não é mesmo?

(Será que vou ficar a "corramailinda"???)


Falando sério 1: Alguém aí já ouviu falar do dito popular "minha casa, minhas regras"? Pois parece que o Brasil não é casa de ninguém, mesmo.

Falando sério 2: Já imaginaram se uma muçulmana que gosta de mudar de cor de cabelo comete um crime? Estou imaginando o Fucker dizendo ao Sucker: "Não, não, parceiro. Esta não é a meliante. Ela é morena, e aqui na carteira de motorista não dá pra ver o cabelo, não deve ser ela"... afinal aqui quem cuida da perícia não são os coletadores de digitais do CSI, né???

Falando sério 3: Não sou preconceituosa, muito pelo contrário. Só que se eu fosse visitar ou morar no islã, cobraria minha cabeça com um véu com prazer, pois além de achar os tecidos deles muito lindos, também aprendi com a minha família que devo respeitar as regras e o código de conduta do local onde eu frequento. Se não quiser fazer isso, que me retire então (Este recado vai para as mulheres que vão visitar o oriente médio e reclamam de serem "obrigadas" a cobrir a cabeça: "obrigado é pau de arrasto, como diria minha avó". Não querem brincar, não desçam pro playground! - Ou lembrem que não é em todos os ambientes que é obrigatório o uso do véu.). Acredito em um mundo onde as pessoas podem se respeitar. Se somos obrigadas por uma lei do islã a usar véu em determinados lugares quando formos visitá-los ou morar lá; eles também tem que respeitar nossas leis se querem nos visitar ou morar aqui. Ninguém proibiu as moças islâmicas (aquelas lindaaaas) de se cobrirem na rua, mas mostrar as características físicas em documentação é fundamental. Aliás, não tem nem o que reclamar, se estivessem no país delas, em alguns locais não poderiam fazer a carteira de habilitação nem com véu na foto!

Falando sério 4: Ensino aos meus filhos que "respeito" é tratar aos outros como gostaria de ser tratado. O dito cujo que fez este filme pisou na bola. E feio. E colocou mais um monte de gente em risco por causa de uma falta de educação que é somente dele. Os EUA tinham mais era que entregar este cara as autoridades islâmicas, ao contrário de ficarem protegendo. Ou seria interessante causar todo um trnstorno mundial por causa de uma pessoa? Para ganhar uma batalha, precisamos ter algumas baixas. Podem ser poucas, mas se for interessante ter muitas, talvez o caminho mais rápido seja este.

E chega de falar sério, pois se for desenrolar tudo que penso sobre esta relação de coisas, vou ficar aqui até amanhã escrevendo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eu quero, desejo, necessito!!!!

Estava eu inocentemente olhando o Loucas por Esmalte (Inocentemente nada, estou é tentando aprender nail art!), quando me deparo com coisinha que quero, desejo, necessito, preciso!!!!! #aloka

Tenho dois gatos xeretas, dois filhos mais xeretas ainda e um marido que se aproveita quando estou com o esmalte por secar para tentar me "aliciar" (pobre de mim...), pois sabe que não vou mexer as mãos. Por isso, o que mais preciso é "blindar" minhas unhas, quando estou fazendo aqueles testes horrorosos de nail art que eu faço.

Certo, este primeiro objeto não serve exatamente para blindar, mas é que a Pantera, minha gata, tem que cheirar tudo que não estiver no lugar (Aquela gata é doida, se eu tiro um livro do lugar ela vai cheirar e fica dando tapinhas com a pata. Acho que ela tem TOC.); então pra ela não derrubar os vidros de esmalte que por ventura estejam fora de minha maleta enquanto pinto as unhas, queeeeero isto aqui ó:









Esmalte com embalagem ergonômica!

E olha que invenção maravilhosa para proteger as unhas:
















Protetor para unhas "molhadas"!


Tá certo que é meio esquisito, mas é útil!

E por fim, uma invenção que vai me ajudar a realizar um dos meus sonhos culinários: cortar salada de repolho fininho que nem minha mãe faz! \0/\0/\0/
Ela me ensinou que firmando na unha (???? Que é isso, mãe, que é isso?), podemos medir a "finura" da fatia. O mais lindo é que ela não lasca o esmalte dela, nem corta o dedo. Em compensação eu...
Mas olha só que maravilhaaa:
















Protetor para cortar legumes... esse não encontrei onde comprar.


Bom, agora que compartilhei, vou ver quanto custariam os investimentos.




terça-feira, 12 de junho de 2012

TAG - isso ou aquilo?

Não escrevo muito sobre o assunto, mas gosto muito de blogs de beleza e moda.


Daí no primeiro dia em que entrei no Naty Beauty, me apaixonei. O blog é muito legal, mesmo.


Daí resolvi participar deste joguinho de tag. Considere-se tagada, Naty! (Espero que tenha feito da forma correta...)

Maquiagem:

- Bronzer ou blush? BLUSH
- Batom ou Gloss? BATOM de preferência vermelho

- Máscara ou delineador? OS DOIS, muito, muuuuito!!! #ALOKA
- Corretivo ou base? BASE

- Sombras coloridas ou sombras neutras? TODAS!!!- Sombras compactas ou sombras soltas? COMPACTAS- Pincel de cerdas ou esponjinhas? PINCEL DE ESPONJINHAS

Unhas:
- Impala, Risqué ou Colorama? RISQUÉ, sem sombra de dúvida. o Impala me descama as unhas e o Coloroma empelota todinho...
- Compridas ou curtas? COMPRIDAS
- Esmaltes claros ou esmaltes escuros? OS DOIS!!!! 


Corpo:
- Perfume ou body splash? BODY SPLASH
- Body butter ou creme hidratante? CREME HIDRATANTE
- Sabonete em barra ou sabonete líquido? EM BARRA


Cabelos:

- Enrolados ou lisos? ENROLADOS (Ondulados e repicados, que nem o meu)
- Rabo de cavalo ou coque? COQUE (Mas coque estruturado, ou bagunçadinho. Me sinto muito sexy com eles.)
- Spray ou gel? NÃO USO
.- Curto ou comprido? COMPRIDO

- Claro ou escuro? ESCURO


Perguntas aleatórias:
- Chuva ou sol? CHUVA
- Verão ou inverno? INVERNO- Primavera ou outono? OUTONO
- Chocolate ou baunilha? BAUNILHA


Pois é, esta sou eu. Meu marido diz que mulher muito maquiada parece boneca de cera. Daí olhei meio "enviezado" pra ele e ouvi um "mas tu parece uma bonequinha de porcelana, meu 'amoior'!"... óóóiiin, ele é um fofo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Meninos ucranianos

Não quero links, não quero mostrar nada. Absolutamente nada.

Estava lendo o site Minilua. Lá, uma foto lateral chamou minha atenção. Falava sobre a situação triste de crianças na Ucrânia. Abri o link.

Não vou reproduzir as fotos. Não é este meu intento. Não gosto de sensacionalismo nem profissionalmente, muito menos intimamente. Infelizmente vivemos no que chamamos de "Sociedade do espetáculo". Onde podemos assistir a desgraça alheia, e em um clique após dizer "coitadinho", fugir da realidade.

Há pessoas da minha convivência que se questionam sobre como sobrevivi a certas situações que elas consideram extremas. Mas elas sabem apenas o que contei. Na verdade, nunca vivi nenhuma situação extrema. Caminhei aproximadamente sete quilometros na chuva por não ter como pagar o ônibus, sem proteção nenhuma para fazer a prova do ENEM. Passei, estou prestes a me formar como bolsista. Roubei chuchu na cerca da vizinha para ter o que comer alguns meses antes disso acontecer. Estava amamentando meu filho praticamente desmaiada quando o pai dele chegou em casa. Tenho pressão baixa e chuchu não faz muito bem para pessoas como eu. Sofri violência psicológica, o que resultou em um divórcio. Me reergui do nada, várias vezes. e me reergo de novo, se for necessário.

Isto é o que eles sabem, e já ficam chocadas. E se um dia descobrirem que testemunhei contra um pedófilo ao descobrir que uma menina em uma das creches que eu trabalhei estava sendo abusada? Sim, eu estive frente a frente com ele, e não piquei nenhum pedacinho do seu rosto.

E se descobrirem que ensinei uma menina de treze anos a tomar banho em bacia depois de descobrir que na sua casa não havia água encanada?

Que vesti meu moletom em um menino de seis anos para o qual tive que colocar no colo para dar aula, na intenção de aquecê-lo (Naquele dia voltei com frio para casa, mas a sensação foi única.)?

Que segurei a língua de um menino que estava tendo uma overdose?

Que fui em boca de fumo exigir um aluno meu de volta gritando com o traficante em questão "Nos dias em que eu der aula ele é meu, nos outros ele é teu, e vamos ver quem é que ele escolhe!"? A partir deste dia o homem mandava o menino ir pra escola antes de ir para o "trabalho".

E o dia que fui escoltada pra descer o Morro da Cruz sob fogo cruzado? Cabuloso!

Sabem quanto eu ganhava para sustentar meus filhos neste período? 80 reais por mês, numa época em que o salário mínimo era de 400. O resto, arranjava fazendo uma performance de teatro aqui, outra alí. Não se enganem, meus amigos, artista fora da televisão é pobre.

Não é meu intuito também exibir proezas. Até porque o que contei não é proeza. É apenas minha obrigação. Na verdade a obrigação de todos nós.

Conheço um homem que me contou que muito se molhou na chuva sendo levado pela mão por sua mãe, em condições extremas. Começou a trabalhar aos sete anos, vendendo jornais. Não digo quem é, nem o que faz por respeito, mas posso dizer que hoje está muito, mas muito bem. Chorei ouvindo sua história, porque é muito parecida com a dos meus filhos, que não precisaram trabalhar tão cedo, mas estão aprendendo o valor das coisas comigo. Tenho certeza que este homem não fez o que fez sozinho. Sempre temos alguém que dobre nosso paraquedas. Lembram daquele email que ninguém lê até o final? Pois é, leiam e entenderão. Assim como estenderam a mão para ele, estenderam e estendem para mim; e eu estendo para outro, em gratidão a quem me estendeu.

Estou extremamente chocada com as fotos que vi, retratando o cotidiano dos meninos abandonados na Ucrânia. O que me choca mais ainda é saber a sensação que o fotógrafo deve ter tido. Ele também estava cumprindo sua obrigação como pessoa. Podemos não ter dinheiro, mas miséria vai muito além de não ter dinheiro. A miséria da alma é muito mais assustadora e sedimentada.

Minha mãe é kardescista. Minha família é. Um dia ela me disse que devemos cumprir nossa obrigação com nossos filhos primeiro, e que haviam desgraças que aconteciam com as pessoas por conta de coisas que elas mesmas fizeram. Acredito nisto. Mas assim como ela, acredito que nós todos estamos aprendendo. Consequentemente, se estes pequenos estão aprendendo com a dor, eu estou aprendendo com a indignação por vê-los assim, e ainda mais com a coragem de fazer alguma coisa. Isto é o que dá forças à minha mãe, por exemplo, mesmo cansada, prestar trabalho voluntário também.

Mas é tudo tão complicado. Não é uma doação, nem simplesmente arrastar um menino ucraniano para um abrigo que vai resolver. Nem um prato de comida. Naquelas condições, o corpo não sente fome, nem frio. Talvez nem dor.

Meu Deus! Eles são muito parecidos com meu filho. E podemos sentir todo o sofrimento em suas expressões nas fotografias.

Talvez nem escrever este texto ajude, mas preciso vociferar este tipo de coisa, sabendo que tenho acessos de várias partes do mundo, mesmo que não comentem nada.

Todas as noites agradeço à Deus(a) por ter me dado forças para garantir dignidade aos meus filhos. Poderia ter fraquejado como os pais destes meninos. Existem coisas (boas e ruins), que só podemos explicar com o divino. Quando os vejo deitados em camas limpas, alimentados, e recebendo educação, mesmo que com a dificulade de minha falha presença muitas vezes; só consigo explicar com a presença de um Deus(a) que não é bom. É justo.

Não consigo ver a humanidade como se não fosse uma família gigantesca. Queria poder me multiplicar e segurar cada um deles no colo. Juro. Não tenho por que querer impressionar alguém.

Mas posso pedir um favor: que cada pessoa que ler isso se torne uma extensão dos meus braços. Também imagino que isso não vai dar certo, mas se um atender, já será a margem que as estatísticas prevêem.

Um dia, meus filhos queriam deixar uma lata de refrigerante pela metade em uma calçada para que um mendigo pegasse. Não permiti. Ensinei a eles que se quiserem dar algo a alguém, que fossem ao mercado, comprassem um lanche limpinho e dessem. Isso é dignidade. Ninguém precisa viver de restos.

Pode existir um "menino ucraniano" ao lado da sua casa, sabia? Não é necessário viajar a Ucrânia para fazer algo.

Estes meninos vão desencarnar e ser substituídos, e não falta muito tempo. Se verem as imagens entenderão. Não sabemos onde terão suas próximas chances, então se melhorarmos as condições por aqui, estaremos preparados para recebê-los de braços abertos, caso nos escolham. A vida é feita dos atos de cair e levantar diariamente. É assim com o plano divino, também.

Uma oração? Talvez. Na verdade chamo isso de fé, de amor, de esperança.

Esta foto retrata uma pessoa que foi salva do abandono por um casal em melhores condições que seus pais biológicos.

Medo de palhaço

Uma vez minha mãe contou que meu irmão de 22 anos ainda tem medo de uma coisa, só uma coisinha: palhaço.

E daí que eu achei ser bobagem até o dia de hoje, quando resgatei, lá do fundo do baú, um bate-papo da UOL com palhaços da franquia Patatí e Patatá, em 2003.

1ª constatação:

G-zuis!!! Socorro, posso estar sendo espiada por um palhaço agora!!! (A partir de hoje, só tomo banho de roupa...)



2ª constatação:


Sempre, SEMPRE haverá um idiota metido a palhaço (no sentido negativo da história...) pra colocar um apelido de extremo mau gosto em um bate-papo em que muito provavelmente crianças e pais de crianças entrariam. E os moderadorees não fizeram nada, leram bem? NADA!
Só um apelido destes já é crime. Mas como palhaço não necessariamente é bobo, "deram nos dedos", só no sapatinho (É cômico o resto do bate papo. Para todas as perguntas que o tal "Pedófilo" faz, os palhaços respondem algo relacionado à inocencia infantil. Pena que ele não "se flagra".):


Conclusão:

Onipresentes e inteligentes. São semi-deuses. E se Hércules detonava, devia ser temido. Sendo assim, palhaços devem ser temidos. Resumindo: Meu irmão tem razão (Drooooga!!! Mãe, olha esse gurí rindo da minha cara!!!).


P.S.: Se encontrar algo que denote onisciência e onipotência, por gentileza, avise, assim, chegarei à uma segunda conclusão: a de que devem ser Deuses... daí vou enviar um email perguntando como foi criar tudo isso em sete dias, e talz...

P.S 2.: NÃO, NÃO FUMO ABSOLUTAMENTE NADA. Nem cigarro comum. Só precisava falar um pouco de bobagem. Queria mesmo é que mais gente fizesse este trabalho de resgatar a inocência infantil, que é tão gostosa; ao invés de mostrar programas com crianças namorando e cenas de sexo explícito com atores adultos, prontas para ser copiadas embaixo da mesa da escolinha.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Contos de Fada = verdade

Essa vem lá da minha intimidade profissional.

Tenho uma grande frustração na minha carreira como atriz de teatro. Gosto de vilãs. Um gosto especial, mesmo. Até hoje, meu papel favorito foi o da Rainha de copas em Alice no País das Maravilhas. Antes era interpretada pela minha fantástica amiga e eterna colega Gabriela Schaurich (Da minha Rainha tenho foto apenas no meu celular, que está sem cabo, no site da Gabi tem ela como Rainha, depois como Alice, enfim... o interessante é que comecei como Coelho Branco, passei até como Chapeleiro Maluco. A gente se reveza muito neste meio. Se olharem todas as fotos, mais abaixo, nas fotos do musical "O Menino do Dedo Verde", verão uma mulher de estola cor de rosa. Sou eu. Do lado a Gabi, de arauto - um arauto fodástico, diga-se de passagem; pois virava vários personagens em cena. Alí eu era a Srª Mamãe - quem leu o livro de Maurice Druon vai saber que sou diferente dela fisicamente, mas era uma adaptação livre e virou cômica, como todos os espetáculos infantis em que colocam a Gabi e eu juntas.).

Representar uma vilã não é tarefa fácil. Alí tu coloca para fora tudo aquilo que tua mãe te ensinou que era feio. Tu pode ser incorreto sem medo. Pode ser ridículo e se dar mal sem temer. Depois se sente uma pessoa bem melhor, pois em ti ficou apenas o que era bom... não é algo incrível? Sinto muita falta do palco, e principalmente das vilãs que eu fazia.

Minha maior frustação é a Madrasta da Branca de Neve. Até meu perfil no facebook tem uma ilustração dela. Sempre quis ser a Rainha. Fiz vários testes na época de teatro estudantil. Mas uma barreira me separava dela: meu rosto. Sim, meu rosto branco e redondinho, a boca vermelha em formato de coração e o cabelo chanel tão escuro que uma vez perguntaram se minha mãe pintava. Não dava outra: "Branca de Neve nela!", diziam as professoras. E daí lá ia eu fazer a cara de paisagem da personagem que acho mais inssossa no mundo (Por coincidência, a Gabi está interpretando ela na direção do Zé Rodrigues, atualmente, sem muita inssossidade* - vale conferir, meus filhos adoraram ver a tia Gabi imitando o ó,ó,ó,óóóóóó...kkkk!).

Cresci e trabalhei por alguns anos profissionalmente. Certa vez bati boca com um diretor que queria que eu fizesse contação de histórias vestida de Branca de Neve. "Mas por que não pode ser a Rainha contando a História e como se deu mal?... Vai ser até pedagógico!" Já estava até fazendo beicinho para convencê-lo. "Tá doida, guria? Tu é a cara da Branca de Neve! Agora vai lá, coloca o vestido, pega uma maçã, deita e acorda quando o monitor te der um beijo." E eu fui, bufando.

Nem minha sobra de peso fez com que me livrasse da Branca de Neve. Isso é um absurdo; mas é real.

Daí contei toda esta história, e ninguém tá entendendo nada, estão achando que estou em um momento choradeira. Pois então.  Para me formar em Magistério estudei fundamentos da Literatura Infantil. E além de adorar interpretar vilãs (Aqui falei da que fiz em espetáculos infantis - entre outras que não citei - , mas fiz umas em espetáculos adultos que me ralavam toda, mas adoooourava!), adoro os Contos de Fada e seus fundamentos. Na verdade são contos bem pesados, que graças ao gênio Walt Disney viraram referência na ludicidade infantil (pronto, agora baixou a professorinha - preparem-se!).

As estórias que Andersen e os Grimm contam são bem diferentes. E estou achando extermamente interessante que o cinema está resgatando certos elementos a respeito.

Vou postar o pouco que sei aqui, nos próximos dias.

*Essa palavra existe? Se não existe, inventei agora.

Olha que bonitinha, era assim que eu ficava! Até o narizinho é parecido... (Tirei de outro blog.)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Kiko, kiko, rá, rá, rááá!!!


Mas ainda espero o Gun's cantando Teló.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nothing Else Matters orquestrada

Confesso que choro muito quando ouço.

Não tem como aguentar a emoção. Ainda mais alguém que rege a trilha sonora da própria vida com Metal melódico como eu.


Acredito que uma das coisas mais lindas que já vi e ouvi é Metallica cantando acompanhada da orquestra de San Francisco.

Em off: É óbvio que ri muito com a sincronia do vídeo com a música do Gustavo Lima, por isso foi necessária esta limpeza auditiva. Trabalhei a manhã inteira ouvindo Metallica.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Marcas

plastica Amanda LeporeE a Adele, que foi defendida pela Madonna, quer emagrecer. Esta notícia já é velha, eu sei.

Minha mãe diz que tenho que tratar minha tireóide, pois meu peso parece ter aumentado. Concordo com ela. Mas não acredito que tenha que fazer isso por causa apenas de meu peso. Tenho que fazer isso porque minha disfunção trás enxaqueca, dores no corpo e cálculo renal. Meu sobrepeso não tem relação nenhuma com estes três problemas, e médicos já disseram isso, pois minha alimentação (fora no período de TPM) é extremamente balanceada e cuidadosa. Mas não porque quero emagrecer. Mas porque GOSTO de vegetais crus, de cereais e iogurte. Não sinto muito prazer em comer carne, e isso não é crime, pelo o que eu saiba.

Certa vez, fui fazer teste para apresentar o telejornal que minha turma da faculdade estava produzindo. Tive que trocar de cor de camisa duas vezes, tirar os brincos, prender cabelos, trocar a cor do batom. Tudo porque segundo meu professor, minha imagem era muito sensualizada para transmitir notícias. Comentei com um colega: "mas eu sou gorda!" e ele respondeu de pronto:"o professor disse que tu é sensual, e não magra". a partir daquele momento percebi que ser feio é uma coisa, estar acima do peso é outra.

Às vezes fico chocada com o que algumas pessoas são capazes de fazer para adaptar-se a padrões. E aí me pergunto: que padrões? Quem dita esta regra? Ainda temos sociedades com conceitos de beleza diferentes. Até porque se fossemos todos iguais, não teria graça nenhuma.

Não é raro o dia em que me olho no espelho e me orgulho. Meu ventre não é liso. Minha filha me disse que parecia massa de pão, por causa das estrias. Ao contrário de outras mulheres que praguejariam: "isso é culpa tua!", apenas disse que isso é o que acontece com a maior parte das mulheres que escolhem dar a vida para outras pessoas, e que não me importava, pois aquela era a marca que me lembraria de ter dado a vida a ela e ao seu irmão.

Não tenho mais os seios que tinha aos dezesseis anos. Mas isso são marcas de que alimentei dois seres humanos até que pudessem fazê-lo de outra forma. Meus cabelos são grisalhos já pouco antes de completar trinta anos. Embora passe tinta para avermelhar, para mim não é o fim do mundo, minha intensão é colorir e não esconder fios brancos. É a marca que lembra que vivi e tenho experiência. Óbvio que uso cosméticos, mas não me prestei a comprar rejuvenescedores assim que fiz vinte e cinco anos. Não faz sentido, e para mim, nunca fará. Acho tão bonito e natural envelhecer. é o que acontece com nosso corpo desde a concepção, não é mesmo?

Sou casada com um homem que é dez anos mais velho que eu. Quando observo que ele tem pés de galinha suaves, mas que logo estarão mais profundos, fico feliz. Ele me ensina muitas coisas valiosas, todos os dias, me protege e acolheu meus filhos. Coisas que só a vida ensina, e colocam a juventude do corpo por água abaixo; dando lugar à juventude da alma.

Hoje, por saber o valor das coisas, me aceito mais.

Quero viver voltada para minhas experiências, e não para meu corpo.

Nunca sofri bulling na escola. Não tiveram tempo. Só porque sei rir de mim mesma. Inclusive peço desculpas aos colegas que nunca conseguiram me chamar de gorda, jé que eu chamava antes.

Também não posso reclamar de gordurinhas saltando para fora das calças. Não ignoro meu tamanho. Não acho justo para com meu corpo comprar roupas dois números menores.

O assunto é longo e delicado, assim como este post. Mas precisava falar. Acho que vou morrer tentando entender pessoas como a que está na foto acima (ou vai dizer que o Michael Jackson não seria um homem lindo sem as plásticas?).

Mas me conformo... elas também não entenderiam a relação de amor que tenho com minhas marcas.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Irresistibilidade


A palavra nem existe, eu sei.

É que dia destes lembrei de uma prima que disse que era absurdo o Nasi, vocalista da "IRA!" ter transado com mais de mil mulheres.

"Ele é um velho gordo!", ela disse.

Sim, o Nasi envelheceu, eu sei. Mas que mal tem nisso? Quer dizer que conforme a idade avança, a sexualidade e sensualidade vão embora? E por falar nisso já foi jovem, não foi?

E sinceramente (às vezes minha sinceridade me prejudica), com todo o respeito ao meu marido, acho que eu não resistiria a ouvir aquela voz me dizendo que eu sou "um metro e sessenta e cinco de sol", e que vê flores em mim.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Esmaltes, unhas e coisinhas que gosto...

Unhas 1
Quem me conhece pensa que eu sou tri durona.

Mas a verdade é que eu adooooro um batonzinho (já cheguei a ter 65 cores diferentes na minha penteadeira), e principalmente, esmaltes. Eu mesma decoro minhas unhas, e as da minha filha...


E agora, estava navegando no portal R7, e dei de cara com uma tendência que tá pegando graças à poderosíssima Beyoncé: a "unha filha única". Eu já usava faz tempo, de vez em quando com decoração... tipo todas as unhas de vermelhoe uma transparente com um ramo de flores vermelhas.

Olha que legal as fotos da diva...


Tá valendo, o efeito é bem legal, ainda mais se com cores contrastantes.

Unhas 2
Estava eu, bela e saltitante comprando um lanchinho na loja Centro Útil, da Av. Voluntários da Pátria, e resolvi dar uma olhadinha nos... esmaltes! Surpresos? Se andassem comigo, não.
Bueno... de repente, não mais que de repente dou de cara com esmaltes craquelados de várias cores e por apenas R$ 1.69!
Todo mundo reclama que o esmalte craquelado é caro, que isso e aquilo... Pois é. Eu comprei o branco. A marca é Marchetti.


Pguei esta foto do Mão Feita... o efeito é este (A foto delas é de outra marca, mas o efeito é igual.).

Cheguei no trabalho e testei na minha colega, que estava com as unhas pintadas de rosa.
De repente os pedacinhos começaram a abrir... e gente, ficou show de bola! A cobertura é fosca, e tem que passar duas camadas pra pigmentação ficar boa e com várias rachaduras...
E como foi em uma unha só, ela já seguiu duas tendências juntas. Legal!
Pena que estava sem câmera na hora... :(

(Assim que arranjar uma, posto uma fotinho)

É... tem horas que a gente tem que escrever que nem mulher pra abstrair um pouquinho...