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segunda-feira, 26 de março de 2012

Irresistibilidade


A palavra nem existe, eu sei.

É que dia destes lembrei de uma prima que disse que era absurdo o Nasi, vocalista da "IRA!" ter transado com mais de mil mulheres.

"Ele é um velho gordo!", ela disse.

Sim, o Nasi envelheceu, eu sei. Mas que mal tem nisso? Quer dizer que conforme a idade avança, a sexualidade e sensualidade vão embora? E por falar nisso já foi jovem, não foi?

E sinceramente (às vezes minha sinceridade me prejudica), com todo o respeito ao meu marido, acho que eu não resistiria a ouvir aquela voz me dizendo que eu sou "um metro e sessenta e cinco de sol", e que vê flores em mim.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O homem não é Homem...




Luísa era mulher comum. Embora não fosse uma deusa escultural, chamava a atenção por onde passasse por ser dona de uma beleza que fugia dos padrões. Além disso, conforme a maioria dos homens que já haviam se relacionado com ela, direta, ou indiretamente diziam, era uma pessoa muito inteligente; e isto os inspirava medo. Ela não sabia disto, até o dia em que um deles explicou por que estavam separando-se. Não era muito jovem, mas também não muito madura. Porém, encarava os fatos do seu cotidiano com uma certa dose de força que às vezes assustava as mulheres também.


Um dia, Luísa decidiu que não seria de mais ninguém. Não se dedicaria por inteiro a nenhuma amizade específica, trataria todos os amigos de igual forma. Assim, nunca estaria só, quando um destes faltasse a uma festa, por exemplo. Se quisessem confiar nela, que confiassem, ela não os decepcionaria. Mas não confiaria em mais ninguém. E assim seria com os homens; desde o pai, até o ex-marido. Quem garantia que quando faltava o dinheiro mísero de uma pensão alimentícia, não era por ter sido gasto em uma noitada com uma sirigaita? Realmente, não dava para confiar em seres que pensassem mais em sexo do que em matemática.

Mas ela tinha dúvidas. Às vezes alguns homens eram tão gentis diante dela, que não sabia se deveria enxergá-los desta forma.

Luísa trabalhava em uma função onde a maioria dos seus colegas eram do sexo masculino, e as pessoas que atendia na empresa também. Até se perguntava por quê os homens dominavam aquela área. "Por serem mais frios e calculistas"; respondeu seu superior, um homem, passional como todos aqueles que já haviam adormecido com cara de criança em seus braços.

Dúvida cruel. Ele estava afirmando, com toda a segurança de quem acredita ser dono do "sexo forte".

Naquela tarde, visitaria um cliente da empresa, conforme este havia solicitado, alegando não ter tempo disponível para tratar de negócios fora de seu escritório.

As palavras do gerente latejavam em sua cabeça, e além de duvidar existir um homem que não fosse passional, se perguntava se a classe social ou a função exercida mudavam alguma coisa no interior dos seres que segundo algumas pessoas, vieram de Marte. Está certo, alguns cheiravam melhor que os outros, dependendo do seu grau de vaidade e exposição. Alguns falavam mais baixo, ou abriam portas de carro. Uns deixavam que a colega de trabalho servisse seu próprio café, enquanto outros particamente não permitiam que ela levantasse de sua mesa.

Luísa estava vestindo uma camisa branca. O primeiro botão aberto. Sempre deixava os primeiros botões de camisas abertos, não por querer chamar atenção, mas por se tornar um decote não tão profundo, porém, não tão fechado. Ao ponto de chamar mais atenção para seu colo, conforme uma revista feminina aconselhara a pessoas que tivessem o tipo de corpo que ela tinha. Mas dos seus fartos seios, nada ficava a mostra.

Na rua, passou por um entregador de materiais de construção, a trabalho. Sujo de cimento e suado. Ao passar por ele, ouviu a frase "Tá valendo!"; dita quase aos berros, acompanhada dos risos do motorista do caminhão, que gritou um "Gostosa", logo atrás. A rua era de baixa transitação. A única mulher que estava por alí era ela. "Estes peões de obra são todos assim...", pensou ela, segura de que seria tratada de forma diferente pelo conceituado advogado do qual adentraria o escritório sofisticado.

Subiu os andares de elevador. Tocou a campanhia. O cliente atendeu à porta, já se desculpando por estar sozinho no escritório, a recepcionista estava doente. Puxou a cadeira para que ela se sentasse.

"Aceita um café?"

"Aceito, sem açúcar, por favor..."

"Então, se me der licença, estou sozinho, vou ter que pegar na cozinha."

E retirou-se. Ele era diferente do entregador. Nunca gritaria. Estava perfumado e alinhado. Voltou com as xícaras em uma bandeja. Serviu-a sem esquecer dos lados que a etiqueta manda alcançar algo a quem é servido.

Longa conversa, dúvidas desfeitas; ela puxou o contrato da pasta. Alguns campos eram preenchidos a mão. Ela baixou os olhos e escreveu.

Quando ergueu a visão deu de cara com um homem hipnotizado por um primeiro botão de camisa aberto.

"Doutor Alberto...? Alberto...?"

"Desculpe, estava distraído..."

"Por gentileza, o número do seu registro da OAB..."

"Só um minuto...vou ver na minha carteira...esqueci."

Os olhos dele haviam gritado. "Tá valendo...gostosa!"...ela saiu de lá com uma única certeza: a comprovação de uma frase que havia ouvido uma vez, não lembrava onde...:"homem não é Homem, é bicho."



Originalmente escrito e postado em Recanto das Letras em 24/09/2008.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A incrível, a magnifíca, a insubstituível, Bulaaaa do homeeeeeemmm!!!


BULA DO HOMEM

Indicações:
Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha). Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade,irritabilidade, mau-humor, insônia,etc.
Posologia e Modo de Usar:Homem deve ser usado três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro. Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo da necessidade da mulher.
Precauções:
Mantenha longe do alcance de amigas (vizinhas solitárias, loiras e/ou morenas sorridentes, etc).
Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico. É desaconselhável o uso, imediatamente após as refeições.
Apresentação:Mini, Max, Super, Mega, Plus ou Super Mega Max Plus (ui!!!)
Conduta na Overdose:O uso excessivo de Homem, pode produzir dores abdominais, entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomenda-se banhos de assento, repouso, e contar vantagem para a melhor amiga!
Efeitos Colaterais:O uso inadequado de Homem, pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes.
O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjôo e fadiga crônica.
Prazo de Validade:
O número do lote e a data de fabricação,encontram-se na cédula de identidade e no cartão de crédito.
Composição:Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do Complexo “P”.
ATENÇÃO:Não contém CEMANCOL. Cuidado!!! Existem no mercado algumas marcas falsificadas, a embalagem é, de excelente qualidade, mas quando desembrulhado, verifica-se que não fará efeito nenhum, muito pelo contrário, o efeito é totalmente oposto,ou seja, além de não ser eficaz no tratamento,podem agravar os sintomas.
Instruções Para o Perfeito Funcionamento de Um Homem:
1. Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra;não se mostre muito empolgada com o produto. Se fica muito seguro de si, o Homem não funciona muito bem, vive dando defeito.
2. Guarde em lugar fresco( fedorento não dá) e seguro (pois é frágil).
3. Deixe fora do alcance de amigas…
4. Para ligar basta uns beijinhos no pescoço pela manhã, para desligar basta uma noite de sexo, ele dorme como uma pedra e nem dá Boa Noite (falta de educação é defeito de fábrica).
5. Programe-o para assinar talões de cheque sem reclamar.
6. Carregue as baterias três vezes por dia, café, almoço e janta, mais que isso provoca pneuzinhos indesejáveis.
7. Em caso de defeito, algumas táticas costumam dar certo: esconda o controle remoto da televisão. Se a falha insistir, corte o futebol com os amigos no final de semana e o chope. Se o problema persistir, a única maneira é fazer greve de SEXO.
ATENÇÃO 2: Homem não tem garantia de fábrica e todas as espécies são sujeitas a defeitos. A solução é ir trocando até que se ache o modelo ideal, contudo recentes pesquisas informam, que este não foi INVENTADO ainda.

Frase de grande efeito (Baseado em fatos reais e imorais!)

MCerta vez, minha mãe, iniciante na era digital, divertia-se em um "chat". Está na idade da loba, como dizem os "Don Juan", a respeito das quarentonas. Obviamente era abordada por pelo menos grande parte deles, se não todos.
Foi aí que seus belos olhos de um esverdeado quase amarelo arregalaram, suas faces enrubeceram e ela murmurou: "Caroline...me acode..."
Logo de cara concluí: minha mãezinha havia sido desonrada, deflorada, por um tarado virtual.
Na mosca! Uma "galante" criatura do sexo masculino havia mandado, em sala reservada, um páragrafo que não tenho coragem de aqui reproduzir. Pornografia chula, daquelas que causam traumas sexuais em mulheres de menos fibra que nós duas.
Chamei meu irmão. Ele, mais jovem, ficou com vergonha. Foi aí que resolvemos unir a força bruta de um taekwondista com a inteligência de uma quase jornalista e lavar a honra de nossa genitora com sangue, se preciso fosse.
Utilizamos toda nossa astúcia para criar o mais maquiavélico dos planos. Levantamos da memória todo tipo de ofensas e palavrões que havíamos aprendido ao longo de nossos vinte e quatro e dezoito anos de existência. A mãe assustou-se. Nem sonhava que "aquelas criaturinhas de quem havia trocado as fraldas e educado tão direitinho" pudessem ter um vocabulário vulgar tão extenso. A coletânia ia desde "pintinho" até "inconstitucionalissimamente", passando por aquele prato grego de 182 letras.
O grande início foi a frase de maior efeito:
"Sou semelhante a uma sereia...
...metade mulher, metade baleia."
Era só o começo. A partir daí, uma mulher virtualmente asquerosa começou a humilhar e oprimir aquele, que deduzimos, "lutava covardemente com um exército de cinco contra um".
Em dez minutos, ou menos, ele se "auto-expulsou" da sala.
Mas juro... minha mãe, na verdade, é um mulher linda... de parar o trânsito!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Afinal, qual é o sexo frágil?


Antes de começar, preciso contar. Minha filha tem quatro anos, e utilizamos o transporte coletivo. Ao embarcar no ônibus, dia destes, sentamos nos bancos da frente, que estavam livre. Foi aí que ela me perguntou sobre cada figurinha do adesivo indicativo de assento preferencial. Identifiquei todos. Seu pequeno dedinho apontava para a mulher com criança no colo. “Esqueceu, mãe”, disse ela, “com bebê e de saia”. Eu meio cansada, apenas resmunguei. Mas depois fiquei pensando. Será que não é esperado que um homem entre com um bebê de colo em um ônibus? Esqueçamos os favores prestados pelos pais às suas esposas, ou mães de seus filhos. O que está aqui em questão são os tabus e diferenciações.
A mulher quando some de casa e chega tarde é motivo de preocupação. O homem quando chega tarde é sem vergonha.
A mulher quando é traída é vítima. O homem é traído e é chamado de “corno” ou de “trouxa”.
A mulher quando trai ainda é vítima (Coitada, faltava algo em casa.). E se o homem trai, voltamos a dizê-lo: sem vergonha.
Dia destes li uma notícia um pouco estranha. Um homem iria assaltar uma loja na Rússia, se não fosse interrompido pela proprietária. Sei lá como a mulher imobilizou-o e trancou-o e uma sala. Ali, fez toda sorte de práticas sexuais com o pobre coitado; durante não sei quantas horas, mas foram tantas, que a polícia local foi averiguar o que estava acontecendo. Descobriram a vítima de estupro. Ou não era vítima, ou não era estupro? A notícia lí num site de discussão. Os comentários foram diversos, e confesso que até eu chamei-a de “mestra”. O que mais me chamou a atenção foi uma mulher participante discernir que estupro é quando se agride orifícios,e não extremidades (As palavras não forma bem estas, mas poderemos estar fora do horário para este tipo de nomenclatura.). Os homens o consideraram privilegiado, e acharam absurda a ação que o homem moveu contra a agressora. Para mim, estupro é qualquer ação sexual realizada sob violência e contrariedade de uma das partes.
Aí me pergunto: o que acontece com um homem que procura uma delegacia dizendo que “apanha” da esposa? E com um rapaz que diz ser assediado por uma senhora? Por que a delegacia da mulher cuida só da defesa e não da punição das mulheres? Assédio sexual só é acusação válida quando o chefe é homem? Mais light: por que existe dia internacional para a mulher e não para o homem? Por que no dia das mães a variedade de presentes é muito maior?
Igualdade de direitos é uma coisa. Tentativa de supremacia é outra bem diferente. Esqueçamos o gênero. O que é frágil é o ser humano, principalmente contra a falta de valores.