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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O dia em que a Terra parou


Humildemente vos apresento um ensaio que desenvolvi sobre o filme "O dia em que Terra Parou".


Fiz um parâmetro entre o contexto social em que o diretor da filmagem de 1951, Robert Wise, e o diretor do remake de 2008, Scott Derrickson; inseriram as personagens.
Pra quem se interessa por este tipo de informação talvez seja interessante até assistir aos dois filmes. Vale a pena.


Ah, antes de lerem, esta não é a versão revista, talvez encontrem alguns erros de português...


Centro Universitário Metodista do Sul – IPA

(Ensaio sobre produção audiovisual)

O DIA EM QUE A TERRA PAROU
Robert Wise, 1951 - Scott Derrickson,2008

Caroline Garcia
Turma JON41
TV e Vídeo:Linguagem e técnicas
Professor Roger Bundt

Porto Alegre, 14 de novembro de 2009



O objeto
O objeto de análise deste ensaio são os perfis de alguns elementos apresentados na obra de audiovisual “O dia em que a Terra parou”, refilmado por Scott Derrickson, em 2008, a partir da primeira filmagem feita em 1951 por Robert Wise.


O interesse da autora deste ensaio surgiu a partir do momento em que assistiu ao “bônus” do DVD do remake, denominado “Reimaginando o Dia”, onde mudanças e diferenças entre os ditos perfis são apontados pela própria equipe de produção. Vão de efeitos especiais até reflexões sobre nosso cotidiano em sociedade.






Klaatu -O primeiro ponto de comparação entre as duas concepções é a dificuldade de iludir uma sociedade tecnologicamente mais desenvolvida do que era no período da primeira produção. Em 1951, seria suficiente um homem com roupas laminadas e inteiriças descer de uma nave em forma de disco, tirar um capacete da cabeça e dizer que era de outro planeta para causar calafrios em qualquer pessoa que estivesse assistindo ao filme. Hoje, seria motivo de chacota entre os adolescentes, por exemplo. Scott Derrickson em nenhum momento quis questionar a genialidade do primeiro diretor (Robert Wise), até por se confessar fã deste, e sentir-se orgulhoso por tê-lo conhecido em sua juventude, enquanto estudava cinema. Se Wise era uma de suas referencias, talvez não importasse. Tinha o desafio de levar a sociedade atual a refletir sobre os mesmos pontos, já que a mensagem de Wise era atemporal.


Um dos pontos cruciais apontados pelo diretor, foi a escolha de um ator que pudesse representar Klaatu (O ser extraterrestre que vem para a Terra dar um recado aos líderes mundiais.). Pensaram em fazer como a versão dos anos 1950, em que o ator principal era desconhecido do público, Michael Rennie. O objetivo era não permitir que o público se identificasse com a personagem, já que não fazia parte de nosso mundo; deveria ser um completo estranho. A problemática surgiu, quando Derrickson, o atual diretor, percebeu que nenhum dos atores testados corresponderia as suas expectativas, e lhe veio a mente Keanu Reeves. Segundo a equipe de produção, a escolha era perfeita, porém, quando Reeves descesse da nave e tirasse um capacete, ou qualquer que fosse o figurino que lhe cobriria, a imagem daria té mesmo uma sensação de alívio em quem estivesse tenso com a presença de um extraterrestre no Central Park. Após várias idéias lançadas, chegaram a conclusão que o momento de adaptação da personagem ao ambiente da narrativa deveria estender-se para tornar-se o mais misterioso possível.


Quem desceria da nave, teria uma “carapaça” orgânica por cima de seu verdadeiro corpo. Algo que segundo um dos diálogos do filme era semelhante a gordura de baleia, ou uma placenta. De dentro dela, assim como “manda o figurino” em nossa sociedade atual (Cheia de bases militares de segurança máxima, onde trancafiam qualquer vestígio de vida supostamente alienígena encontrada na superfície da Terra.), Klaatu surge, como que um feto recém nascido: nú, sem pelos, úmido, encolhido, com frio.


Klaatu vai parar nesta base militar muito diferente da do primeiro filme, onde haviam apenas algumas camas de hospital. No cenário atual, aparelhagem de alta tecnologia, instrumentos de pesquisa, vidros protetores para que a chefia observe o que a equipe de saúde faz com o corpo do extra terrestre ferido, corredores que mais pareciam labirintos. Um médico vai tirar a bala do tiro, e assusta-se não por ser uma vida alienígena, diferente da nossa constituição orgânica, como o esperado, mas sim, por ser exatamente igual a nós. Depois disso, a “placenta” se desmancha e surge o ser.


Outra preocupação é como este alienígena teria tomado uma forma humana. Questão que não seria apontada pela sociedade de 1951, mas com certeza, pela nossa. A alternativa foi a exibição de um prólogo, onde Keanu Reeves interpreta um explorador da Codilheira dos Andes, anônimo, mas que se depara com uma das esferas (Mais tarde descrita neste ensaio.) alienígenas. Em uma das cenas do filme é afirmado que Klaatu deve ter vindo em uma outra época à Terra, recolheu amostras de DNA humano para tomar sua aparência, com o objetivo de não assustar a ninguém. Kllaatu pede água, sente dores, sofre de uma infecção no ferimento a bala mal curado, após ter fugido da tal base. Elementos que também evidenciam a “humanidade” atribuida a ele.


Na primeira versão, Klaatu vira Mrs. Carpenter, para se disfarçar entre os humanos,e observar os seres que aqui vivem, morando em uma pensão, para realizar seu trabalho. A partir do que observasse decidiria pela destruição deles ou não. Em 2008, Klaatu não se disfarça, passa o tempo todo fugindo das autoridades que lhe caçam, e vem consultar um informante que havia implantado na terra há algumas dezenas de anos antes de sua chegada. O informante descreve a raça humana como autodestrutiva, mas com alguns valores que fazem até mesmo que ele nem queira retornar para seu planeta antes da destruição (O velho havia constituido família aqui.).


Reeves consegue levar Klaatu a ser uma figura sem emoções, ao contrário de Renie, que olhava a todos com ternura, e ao transmitir a mensagem à humanidade, avisando que a destruição ocorrerá se não começarem a preservar a Terra (Na verdade uma mensagem sobre as ameaças nucleares no início da Guerra Fria, o que talvez seria o início da destruição iminente que vemos hoje, do meio ambiente.), transpira rancor. O Klaatu de 2008 é visualmente inabalável, embora mude de opinião e de atitude. Talvez por não transparecer nenhum sentimento, atualmente Klaatu parenta a severidade necessária a quem tem este tipo de missão.


Renie interpreta um alienígena que desde o começo aparenta não querer destruir a humanidade. Reeves, em uma das suas falas afirma que não é amigo da humanidade, e sim, da Terra. Para qualquer entendedor, estas palavras bastam: o ser humano está destruindo a Terra, e melhor começar do zero, do que preservar o destruidor.




Dra Elen Benson - Na primeira versão, Elen era uma mulher batalhadora dentro de suas limitações, que vivia em uma pensão e criava seu filho sozinha. Algo incomum para a sociedade dos anos de 1950. Mas para a nossa, não é nada de extraordinário. A Elen Benson que encontra Klaatu em 2008, deveria ter algumas características que possibilitassem sua presença na trajetória do alienígena. Para isso, Foi constituída como uma astro-bióloga, pois se não fizesse parte dos nomes “super selecionados”, atualmente para relacionar-se com as pesquisas sobre vida extra terrestre, não teria por que fazer parte da narrativa como protagonista feminina. Elen faz parte de um modelo diversificado de família a ser analisado por Klaatu. Em qualquer uma das duas versões, ele toma a decisão de contrariar as ordens do grupo de sociedades que representa, ao observar que o ser humano tem seu lado mau, autodestruidor, mas também tem seu lado bom, preservador. Uma das características deste lado bom seria o amor incondicional que alguns seres humanos sentem por determinados exemplares de seus semelhantes. Amor incondicional este, que Klaatu observa em Elen pelo seu filho, em 1951. Em 2008, Elen sente um amor incondicional por seu enteado, que criou como filho, quando seu marido, pai do menino, faleceu. Parece confuso, mas o “X” da questão é este mesmo: hoje temos famílias “despedaçadas” por divórcios, tragédias, ou ainda, famílias montadas propositalmente pelo próprio indivíduo, que adota uma pessoa próxima como se fosse sua consanguínea. Wise orienta uma Elen que se relaciona com Klaatu de uma forma que nos remete a “romancear” a narrativa, talvez por estar inserida em um perfil social em que se acredita que a base da família está na figura paterna, masculina; e que uma mulher deveria sentir-se desprotegida sem ter um homem ao lado. Nada disso é explícito, mas a “inclinação” da personagem dá a intensão. Derrickson nos trás uma Elen curiosa, firme, emotiva, mas que mantém a distância suficiente para que o público não espere que o filme acabe com uma “linda cena de beijo entre os protagonistas”. Além disso, talvez o altruismo dela seja a maior das diferenças: Elen passa de protegida a protetora, do enteado, de Klaatu, da Terra, da humanidade.




Jacob Benson - Outra personagem totalmente revista, principalmente por que as crianças de 2008 são exageradamentre diferentes das de 1951. Jacob é o enteado de Elen. Em 2008 tem em torno de 10 anos, e é aficionado por jogos eletrônicos. Independente, revoltado com a morte do pai, e como qualquer criança que tome decisões precipitadas, “enfia os pés pelas mãos”, mas não se amedronta por isso. Em 1951, o menino se chamava Bobby, nomes corriqueiros, cada um para sua época. É possivel também relacionar o nome Jacob com uma referência bíblica, já que o filme pode ser considerado, de certa forma, apocalíptico. Bobby era um menino doce, obediente e companheiro da mãe, e havia perdido o pai na guerra. Anda de mãos dadas com Klaatu, acreditando ser um visitante chamado Carpenter, e até leva-o para conhecer os monumentos históricos de Washingtown DC; antes de seu retorno à nave. Quando descobre que o visitante é um extraterrestre, não expressa repulsa, aparenta, na verdade, obedecer a mãe, pois se ela diz que é inofensivo, é inofencivo e o assunto está encerrado. Jacob é questionador por natureza, pois seus pais (O pai e a madastra.) eram cientistas (Ele, um militar; ela, uma professora universitária.), e criaram o filho em um ambiente onde visivelmente tudo era esclarecido para ele. Jacob demonstra repulsa pelo alienígena, um certo medo, talvez. Diversas vezes tenta denunciá-lo à polícia, que o procura ferozmente, não se importando, em uma das cenas, em que foge pela mata com Klaatu, que se o helicóptero da polícia atirar nele, pegará em sí próprio, ou o deixará sozinho. Klaatu combate o ataque com uma força eletro-estática, paralisando os helicópteros, fazendo com que eles não atinjam nem ele, nem o menino, derrubando-os no chão. Com esta demonstração de força, Jacob passa a respeitá-lo. Quando vê Klaatu ressuscitando um policial que este mesmo matou, para se defender, nutre a esperança de que ele poderia ressuscitar seu pai. Leva-o até o túmulo, e pede que faça alguma coisa. Klaatu esclarece alí as leis da natureza, de que nada morre, apenas se transforma. O menino chora. Observando a cena, podemos montar um parâmetro entre as reações das personagens: em 1951, com certeza, Klaatu abraçaria Bobby. Em 2008, apenas olhava com a mesma estranheza a qual olhava tudo (Embora Keanu Reeves estivesse dizendo com o olhar que a partir dali mudava sua decisão de destruir a Terra.). Jacob é surpreendido pela mãe, e o diálogo entre os dois leva o público a refletir a forma com que nossas crianças são criadas hoje em dia. Naquele momento Elen esclarece ao filho que coragem não se toma por armas, como as que ele tentou fazer com que a polícia usasse, e que guerras não são importantes. Existem muitos outros valores, muito mais profundos a serem vividos, e que crianças precisam ser protegidas e orientadas pelos pais, e devem ter consciência de que os adultos já passaram pela maior parte de seus problemas, então podem orientá-los.




A chefe da segurança nacional dos EUA e o professor Barnhardt - Também duas personagens notavelmente modificadas. A começar pela Chefe de Segurança Nacional. É uma mulher. Na primeira versão, um homem; retrato de duas sociedades que valorizam a mulher de modos diversificados. Quando vai questionar Klaatu, ela refere-se à Terra como “meu planeta”, e é ironizada através de uma frase de efeito do roteirista, David Scarpa: Klaatu repete “seu planeta?”. Ela fica desenxabida e começa a balbuciar “nosso planeta”, “da humanidade”, enfim, várias desculpas, como se houvesse antes, tomado a visão de que o planeta é norte-americano, e o resto é apenas o resto. Nesta cena é retratado e questionado o egocentrismo norte-americano. Klaatu irá dar seu recado apenas para os líderes mundiais, em uma reunião onde todos estarão presentes. Em 1951, Klaatu transmite sua mensagem em pleno Central Park, para quem quiser ouvir. Já o professor Barnhardt, em 1951 tem como referência para a caracterização do ator, a figura de Albert Einstein, em 2008, é um senhor bem apessoado, com ares de aristocrata. Quando Elen leva Klaatu até ele, não deixa de comentar que ganhou o Premio Nobel na área de pesquisa espacial, o que faz com que a figura do professor seja confiável ao público.


É inevitável perceber o antagonismo das reações destas duas personagens em relação a presença de um alienígena em nosso meio: a Chefe da Segurança Nacional, em uma determinada cena, refere-se a como o próprio homem já havia praticado a submissão de sociedades menos desenvolvidas através da história. Confessa-se temerosa, pois a sociedade inferior agora é toda a humanidade, e a destruição alienígena deve ser combatida com vigor. O professor aproveita a presença de Klaatu para aprender mais ainda do que já sabe, os dois corrigem juntos uma fórmula que ele refaz a anos, e conversam tranquilamente a respeito do assunto, momento no qual o professor começa a questionar a decisão destes povos extra-terrestres que enviaram-no para cá.


Efeitos especiais
Que os efeitos especiais fossem mudados, devido às necessidades de apelo visual, isso era esperado. Mas que algumas coisas fossem mantidas por comprovadamente serem atemporais, talvez fosse surpresa. Apontamos neste ensaio os dois principais momentos em que mudanças forma realizadas para que o espectador ficasse satisfeito com a narrativa:


O retorno de GORT – GORT era um robô que acompanhava e protegia Klaatu de qualquer ofensiva da população Terrestre. Em 1951, já era de se esperar, não passava de um ator (Lock Martin) vestido de robô, e consequentemente, tomando o tamanho natural de um ser humano. Em 2008, GORT era uma animação feita em avançada tecnologia.


A equipe de efeitos especiais do filme ficou muito preocupada com aquele tipo de robô, e acabou trabalhando durantes meses a fio em um modelo de alienígena que fosse mais moderno. O relato do diretor de arte, Don Macaulay, sobre o novo GORT, no documentário “Reimaginando o dia”chega a ser engraçado. Macauley conta que tentaram vários designs, cada qual mais assustador que o outro, porém o GORT só surgiu quando observaram uma maquete em que um “homenzinho sem rosto ou qualquer expressão”


O “monstrengo” não era o GORT que procuravam. O bonequinho que servia de parâmetro entre o tamanho humano e o do GORT é que era.


O robô havia assim retomado a forma anterior. O GORT antigo não tinha rosto, porém um olho de fenda liberava um raio que caia diretamente sobre as mãos dos soldados que atiravam, por exemplo. O GORT atual não solta raios. Sua ação vinha da eletro-estática. Um conceito que hoje é plausível, pois faz parte de nossos conceitos científicos. Em 1951 se um raio não fosse visto, não existia.


Aliás, o conceito de ataque e defesa, talvez também seja um diferencial entre as duas gerações. Na primeira versão, GORT usava seus raios mesmo antes de os soldados agirem. Na versão 2008, GORT só reage se alguém usar de violência contra Klaatu, afinal, ele é tão grandioso e inabalável que nada o ameaça.


Outra representação de uma tecnologia mais evoluída que a nossa é a constituição de GORT. Ele é feito de nano-robôs, ou seja, micro robôs que assemelham-se a insetos, uma referência à tecnologia mais avançada ser orgânica, o que é contrária a de nossa sociedade, que conceitua evolução como robotização fria e de matérias artificiais.


Seria difícil para a humanidade descrever uma tecnologia maior que a sua própria, tamanho é o antropocentrismo praticado a tantos séculos. Por isso a busca pelo “orgânico”: para contrariar este conceito.


Os nano-robôs que formavam GORT pareciam uma praga de gafanhotos destruindo uma lavoura. Porém; em grande escala, e com o mesmo poder que acontece este tipo de destruição da natureza, é que destruíam todo resquício de tecnologia construída pelo homem, ao mesmo tempo em que entravam discretamente pelos orifícios de seus corpos e destruíam seu sistema sanguíneo e muscular, de dentro para fora.


Em 1951, Klaatu e GORT comprovam seu poder provocando uma tempestade que destruiria tudo. Uma cena apocalíptica. Em 2008, o poder de destruição deveria ser algo inimaginável pelos humanos.




As esferas – a nave de Klaatu, antes um disco voador, com formato de disco, embora abrisse sem mostrar as portas, aterrizasse com perfeição e várias outras ações que eram suficientes para surpreender a população da época; não teria uma forma plausível à nossas expectativas de evolução. Em 1951, a ameaça era destruir tudo e recomeçar do zero. Como já citado, uma referencia ao Apocalipse. O depois, ninguém questionava. Na produção de 2008 houve uma preocupação com o resto do mundo.


Derrickson surpreende os expectadores com “naves” espalhadas nos territórios mais diversificados, em forma de esferas. Nestas esferas pode-se observar uma mistura de tempestades, água, nuvens, e se assemelham à esfera terrestre. Existe a possibilidade de haver vida inteligente dentro delas, pois cada uma parece atrair várias formas de vida para dentro delas, como se fossem as arcas utilizadas pela personagem Noé, na narrativa bíblica. Isto tranquiliza quem se questionava quanto ao destino das espécies inocentes pela destruição do planeta, questionamento este esperado dos ativistas ecológicos, hoje, tão presentes em nossa sociedade.


Afinal, em qual dia a Terra Parou?


Percebe-se uma diferença gritante entre os conceitos de parar a Terra, embora utilizando-sede elementos semelhantes. Em 1951, a Terra parou através de uma tempestade que varreria tudo. Em 2008 parar é algo muito mais amplo.


A primeira versão de “O dia em que a Terra parou” passa-se em alguns dias, período que Klaatu demora para observar a humanidade. A nova versão passa-se em vinte e quatro horas, ou seja, o próprio dia.


Enquanto Wise se detém, por exemplo, à mídia local dos Estados Unidos, através de uma imprensa que se limita aos profissionais de rádio e televisão (mais rádio que televisão), Derrickson nos trás o conceito da informação sem limites que vemos na internet. O que está acontecendo, além de estar sendo transmitido por rádio, televisão e outros veículos, está sendo exposto por imagens de amadores na internet. E estas informações é que fazem a notícia de que algo estranho está acontecendo “vazar”. A partir do momento em que todos ficam sabendo que uma invasão é iminente, ou algo muito ruim vai acontecer, as pessoas se mobilizam, a até o detalhe das bolsas de valores caírem em consequencia dos saques demasiados para fugas e outras ações é citado. Coisa que não era muito enfatizada em 1951, e até as cenas traziam imagens mais detalhadas apenas dos Estados Unidos. Atualmente, o mundo inteiro era focado em detalhes.


Para que Terra parasse, hoje, uma tempestade talvez não fosse eficaz, mas nano-robôs vorazes destruindo tudo muito rapidamente em toda parte é algo fora de qualquer controle.


Na última cena o que vislumbramos descreve uma mensagem talvez não entendida por todos: quando Klaatu volta para dentro da esfera, parando GORT, que provavelmente “morre”, pois os nano-robôs são desativados; perdemos a eletricidade e outras forças desenvolvidas pelos humanos através dos combustíveis naturais. Talvez aquela seja a condição para que as comunidades de povos de vida inteligente fora da Terra não acabassem com a vida humana. Deveríamos nos desfazer de tudo que criamos até hoje, e começar do zero. Máquinas paradas, o símbolo do que deveríamos entregar em troca de nossas vidas.

2 comentários:

  1. Oe! Tudo bom? Apesar desse ser um post antigo, eu vi que vc ainda ta postando, então só queria falar parabéns pelo post e que se você deixar menos transparente a área do texto facilitaria bastante a leitura!
    Abraaços!

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    1. Bah, cara! Pior é que tá tudo transparente, mesmo! Estou arrumando. Obrigada pela crítica construtiva, isso é muito importante! Abraço! Será sempre bem vindo, espero que goste dos outros posts (Não posto muito por falta de tempo.)

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